sexta-feira, 25 de julho de 2014

Biografia, trajetória e história do Patrono.

                                  

O nome da EMEIEF é uma homenagem ao Arquiteto Estevão de Faria Ribeiro (1956 – 1992), de ascendência francesa nasceu no dia 15 de Abril de 1956 em Santos (SP). Filho de Leonel Ribeiro um  Francês com cidadania Portuguesa e  de Lucia Maria de faria Ribeiro, filha de uma tradicional família mineira da pequena cidade de  Pouso Alegre , Minas Gerais.
Com Estevão ainda pequeno a família se mudou para
Santo André onde viveu e dedicou a maior tempo de seu trabalho. Casou-se com Anabela Tombolato de Faria, com quem teve uma filha Aiê Tombolato de Faria Ribeiro.
Inquieto, dos pais herdou o modelo cosmoplita e ao mesmo tempo provinciano de interpretar a vida de uma cidade.
Com  Estevão   ainda pequeno por mera contingência do acaso a família se mudou para  Santo André,onde viveu toda sua vida e dedicou o maior tempo de seu trabalho .
Os pais de Estevão logo perceberam o fascínio do filho pelas artes e pelos traços arquitetônicos da cidade e direcionou os estudos do rapaz para a  Arquitetura, já nos bancos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de  Mogi das Cruzes ensaiava os traços polemicos da profissão de aquiteto que viria a exercer a partir de 1979.


Revelar-se-ia extremamente ousado e com refinada capacidade de antecipar-se ao futuro em seu projeto de utilização do Parque Regional do Pedroso como centro de turismo ecológico, quando o assunto ainda não era moda, preocupado com a ocupação irregular daquela imensa área verde,propôs a criação e realizou  o primeiro estudo de impacto ambiental realizado no local,chegando a implantar um míni-zoológico e outros equipamentos sustentáveis.Ruínas do teleférico
ANTIGA ESTAÇÃO DO TELEFÉRICO DO PARQUE PEDROSO
Deu destinação mais racional para dois outros parques públicos da cidade e restabeleceu a disciplina de uso dos estacionamentos em vias de densidade comercial de Santo André.
PARQUE DO PEDROSO
No Inicio da decada de 80 atuou na administração Municipal e apresentou projetos complexos de planejamento urbano, após assumir a direção de uma empresa pública controlada pela Prefeitura Municipal de Santo André, sua obstinação em dar aos bens comuns da municipalidade finalidades sociais mais amplas, chamou a atenção de vários segmentos sociais causando grande controversia ao propor em 1983 um projeto  até então inédito  no Brasil, a implantação de uma rua com atividades ininterruptas, 24 horas por dia como na cidade Luz de Paris e a cobertura do calçadão da rua Oliveira Lima, principal arteria  comercial da cidade, o que lhe renderia muitas adversidades e inimizades políticas, acabando por deixar a direção daquela empresa pública em maio de 1986.
RUA OLIVEIRA LIMA
Sempre fiel a idéia pragmatista de que o sentido de tudo está na utilidade, sua carreira na iniciativa privada também foi voltada para projetos públicos e entre seus primeiros trabalhos, destacam-se a concepção de sete templos religiosos e equipamentos de uso coletivo da Comunidade Mormom do ABC.
De volta à administração pública direta, foi o autor do projeto da Creche de Vila Sá, do Centro Comunitário da Aresic e das intervêncões urbanisticas da comunidade do Palmares, todas em santo André.
Suas incursões pelas artes plásticas redundaram na criação de muitas esculturas, algumas premiadas, a quais denominava ”troféus Culturais”, porque serviam sempre  para marcar a realização de uma evento. O monumento à Biblia erigido na Praça Antonio Fláquer , em Santo André, é de sua autoria.
Premiado por vários projetos por entidades como a associação dos arquitetos paisagisticos de São Paulo (1981), atuou intensamente em obras particulares de pequeno e grande porte e especializou-se em  projetos visuais para lojas comerciais e shopping centers ao mesmo tempo em que  se incubia de reformas de igrejas como a de Santa Rita ,em Santo andré.
Por quatro anos consecutivos assinou os projetos de ornamentação natalina das ruas comerciais do município.É de sua autoria,também um projeto polêmico de restauração do edifício sede da Associação Comercial e Industrial de Santo André (ACISA), que não teve oportunidade de ver executado.
Suas atividades sociais  foram igualmente intensas,fez  parte da  diretoria de vários Clubes da cidade,foi fundador da Associação dos Comerciantes da Vila Assunção (ACAVA), destacando a importância  de preservação da tradição dos bairros de Santo André. Foi pródigo na realização de eventos culturais e esportivos, propondo a necessidade de maior integração da população estudantil nas atividades comunitárias.
Cansado de tantos embates sociais, políticos e  polêmicas em 19 de março de 1992, após desistir de suas obras e projetos, deixava à cidade um grande legado de projetos, mas  como contribuição maior: a de ter contestado,ousado e provocado a polêmica e o senso crítica em torno de assuntos relevantes para construção de uma cidade de Santo André melhor, aliada ao progresso  sustentável e ao Futuro vinculado as suas raízes históricas.

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